ANÁLISE DO POTENCIAL GENOTÓXICO E MUTAGÊNICO DE LODO DE ESGOTO EM Allium cepa

Nome: MARIA NILZA CORRÊA MARTINS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
TATIANA DA SILVA SOUZA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOÃO BATISTA PAVESI SIMÃO Suplente Externo
JOSÉ AUGUSTO DE OLIVEIRA DAVID Examinador Externo
JOSÉ CARLOS LOPES Examinador Externo
MILENE MIRANDA PRAÇA FONTES Suplente Interno
TATIANA DA SILVA SOUZA Orientador

Resumo: O lodo de esgoto pode conter elevados níveis de compostos inorgânicos e orgânicos com propriedades tóxicas, genotóxicas e mutagênicas. Sua utilização em solos agrícolas pode ser estudada pelo comportamento (pelo desenvolvimento e crescimento) relacionando aos efeitos tóxicos desse resíduo em diferentes espécies vegetais. Em uma revisão foi possível obter dados dos efeitos da transferência de contaminantes presentes em solos suplementados com lodo de esgoto para as plantas e das plantas via cadeia alimentar. O organismo teste Allium cepa apresenta resposta positiva para analisar esses efeitos, o qual se objetivou estudar a toxicidade genética do lodo de esgoto em Allium cepa. O experimento foi conduzido no Laboratório de Morfologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-UFES), no município de Alegre, utilizando-se sementes de Allium cepa tratadas com lodos provenientes da ETE JM e da ETE M. Os lodos foram analisados quanto às características físico-químicas e biológicas, de acordo com a resolução CONAMA 375/2006. Para a análise de toxicidade nas sementes de Allium cepa, foram avaliadas 5.000 células por tratamento de contato direto e solubilizados das amostras e controles. O lodo bruto apresentou resultados físico-químicos dentro dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA 375/2006. Somente na análise microbiológica o lodo da ETE JM apresentou limite de coliformes termotolerantes acima do estabelecido pela resolução. Para o teste de potencial de toxicidade o lodo da ETE JM foi fitotóxico para o lodo de esgoto bruto, citotóxica e genotóxica para o lodo de esgoto solubilizado. O lodo bruto da ETE M apresentou potencial genotóxico e mutagênico, enquanto o lodo solubilizado foi citotóxico. O lodo de esgoto com adição de cal apresentou potencial fitotóxico para o lodo bruto, e para o lodo solubilizado apresentou efeito citotóxico e genotóxico. Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão. A análise estatística foi realizada por meio do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (p<0.05). Conclui-se que ambos os lodos apresentam potencialidade tóxica, servindo de alerta para a sua utilização em solos agrícolas, que deverá ser monitorada com análises citogenéticas e controle dos elementos tóxicos presentes em sua composição.

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