EFEITO FITOCITOGENOTÓXICO DE ÓLEOS ESSENCIAIS E
NANOEMULSÕES DE Piper APLICADOS EM PLANTAS INVASORAS

Nome: LOREN CRISTINA VASCONCELOS

Data de publicação: 04/04/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MILENE MIRANDA PRACA FONTES Orientador

Resumo: Os óleos essenciais (OEs) são uma abordagem promissora para o controle de ervas
daninhas devido à fitotoxicidade e biodegradabilidade. Estudos recentes mostraram a
capacidade de alguns OEs de folhas do gênero Piper em suprimir o desenvolvimento de
plantas invasoras, porém o conhecimento sobre o potencial fitotóxico de suas espécies
permanece incipiente. Constituídos por misturas complexas de compostos voláteis
produzidos pelo metabolismo secundário das plantas, fatores genéticos e ambientais,
como a sazonalidade, podem causar variações no perfil químico dos OEs e
consequentemente afetar a atividade biológica. Além disso, a baixa solubilidade, alta
volatilidade e degradabilidade inviabilizam a aplicação dos OEs em condições de campo.
Nesse sentido, para garantir a atividade biológica e permitir a utilização dos OEs em
bioherbicidas comercias é necessário determinar a melhor época de colheita das folhas e
proteger os OEs dos fatores ambientais que podem causar sua degradação. Assim, o
objetivo deste trabalho foi investigar a influência da sazonalidade na composição
química, avaliar a atividade fitocitogenotóxica e desenvolver nanoemulsões que protejam
os OEs de Piper e mantenham sua eficácia. Para atingir esse objetivo, este trabalho é
composto por dois capítulos. O primeiro capítulo teve como objetivo avaliar a influência
dos períodos de colheita seco e chuvoso na composição química, atividade fitotóxica e
citotóxica do OE de Piper amalago L. Diferenças na composição química dos OEs dos
dois períodos foram observadas. O OE do período chuvoso apresentou maior rendimento.
Quanto a fitotoxicidade, os OEs dos dois períodos de coleta afetaram a germinação, o
crescimento das raízes e da parte aérea de Bidens pilosa L. (planta invasora) e Lactuca
sativa L. (planta não-alvo). Os OEs apresentaram efeitos diferenciais sobre as plantas de
estudo, B. pilosa foi mais sensível ao OE do período seco. A análise de citogenotoxicidade
mostrou que os OEs do período seco e chuvoso afetaram a germinação e o
desenvolvimento inicial das plantas de estudo através de danos a divisão celular e ao fuso
mitótico. O segundo capítulo teve como objetivo formular nanoemulsões contendo os
OEs de P. amalago e P. dilatatum Rich. através de homogeneização ultrassônica, avaliar
a estabilidade e a atividade herbicida e citogenotóxica das nanoemulsões. As
nanoemulsões formuladas apresentaram tamanho nano, bom índice de polidispersidade e
maior resistência a degradação térmica em relação aos OEs, indicando o aumento da
estabilidade físico-química e térmica do sistema. As nanoemulsões de P. amalago e P.
dilatatum exerceram um efeito inibitório significativo sobre a germinação, crescimento
radicular e aéreo das plantas invasoras B. pilosa e Lolium multiflorum Lam. em
experimentos de pré-emergência. A nanoemulsão de P. amalago também afetou o
crescimento da raiz e da parte aérea de plantas jovens de B. pilosa em casa de vegetação.
A fitotoxicidade observada nos experimentos é consequência do modo de ação
aneugênico e clastogênico das nanoemulsões sobre a progressão do ciclo celular.

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