TOLERÂNCIA AO DÉFICIT HÍDRICO E RESISTÊNCIA A MURCHA BACTERIANA
(Ralstonia solanacearum): GENÔMICA FUNCIONAL E ASPECTOS FISIOLÓGICOS EM PLANTAS
HOSPEDEIRAS

Nome: RAFAEL LARA REZENDE CABRAL

Data de publicação: 29/08/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE DA SILVA XAVIER Orientador

Resumo: As plantas são organismos sésseis e frequentemente enfrentam diferentes tipos de estresses
abióticos e bióticos, incluindo patógenos, pragas e mudanças climáticas. Esses fatores podem
ter um impacto considerável na produtividade de espécies vegetais, particularmente aquelas de
importância econômica. Visando melhorar a resistência das culturas a esses estresses, é
fundamental entender as estratégias de resposta das plantas. Neste estudo, utilizando plantas
de tabaco e tomate, investigamos a resposta das plantas ao estresse biótico da murchabacteriana
(Ralstonia solanacearum) e ao estresse abiótico de déficit hídrico. Para entender seo fator de
transcrição da família MYB (Phantastica) associado a tolerância ao déficit hídrico em
Nicotiana benthamiana também influenciaria a resistência à murcha bacteriana, usamos
vetores TRV (Tobacco rattle virus) para silenciamento gênico por VIGS (silenciamento póstranscricional induzido por vírus), desenvolvendo um patossistema em plantas de tabaco. Os
resultados revelaram um cross-talk entre as vias de resposta a esses estresses, sendo que a
supressão do gene NbPHAN em plantas de tabaco afetou negativamente a resistência à murcha
bacteriana. De outra maneira, genótipos de tomate contrastantes para resistência a R.
solanacearum foram submetidos à seca pelo tratamento com solução nutritiva com polietileno
glicol (PEG). Nossos dados mostraram que o déficit hídrico reduziu o crescimento, a atividade
fotossintética e a eficiência de conversão de água em biomassa em ambos genótipos, causando
efeitos no rearranjo da arquitetura radicular e na distribuição de biomassa, concluindo que o
genótipo suscetível Heinz 1706 tolerou mais o déficit hídrico quando comparado ao genótipo
resistente Hawaii 7996. Em síntese, constatamos que plantas que apresentam características de
tolerância ao déficit hídrico também respondem positivamente a infecção por R. solanacearum,
contudo, plantas que exibem traços de resistência ao fitopatógeno não respondem ao déficit
hídrico. Esses resultados destacam a complexidade das interações entre estresses abióticos e
bióticos em plantas e fornecem insights importantes para o desenvolvimento de culturas mais
resistentes a múltiplos estresses. Estudos futuros nesse sentido são essenciais para uma
compreensão mais aprofundada desses processos.

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