INFLUÊNCIA DO GLIFOSATO NA EXPRESSÃO GÊNICA DE CLONES DE CONILON

Nome: RAYANE LEAL GUEDES BARRETO

Data de publicação: 30/10/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
TAIS CRISTINA BASTOS SOARES Orientador

Resumo: A cafeicultura é uma das principais atividades agrícolas no estado do Espírito
Santo. Essa atividade é muito prejudicada pela presença de plantas daninhas, as quais
comumente são controladas quimicamente por meio da utilização do glifosato. O
glifosato pode ter um impacto negativo no cafeeiro, levando à inibição indireta da
expressão de genes envolvidos na rota de síntese de metabólitos secundários. Essas
substâncias são responsáveis por produzir moléculas com funções estruturais,
substâncias de defesa das plantas além de estarem também relacionadas com a
qualidade da bebida do cafeeiro. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do
glifosato na expressão de genes envolvidos na síntese de compostos associados à
qualidade da bebida. O experimento em campo foi conduzido na Fazenda Experimental
do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) em
Marilândia, Espírito Santo. O estudo foi realizado em delineamento em dois blocos com
três repetições casualizados com sete tratamentos. As avaliações foram efetuadas
durante um período de dois anos, com três coletas, sendo uma no primeiro ano e duas
no segundo. As análises da expressão gênica foram realizadas mediante extração do
RNA, visando estabelecer relações entre as expressões dos genes de acordo com a
aplicação de glifosato, bico de aplicação, épocas de coleta e clones de cafeeiro. Foram
avaliados os genes EPSPS, CTgS1 e CCoAOMT, utilizando o gene CcUBQ10 como
referência. Os dados foram submetidos à análise de variância (anova) e ao teste de
agrupamento de média pelo algoritmo de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os
resultados do estudo constataram que houve variação da expressão gênica dos genes
EPSPS, CCoAOMT e CTgS1. No entanto, estas variações parecem não ter sido
apenas pela influência do glifosato a partir dos tipos de manejo testados, épocas de
coleta ou clones. Sugerindo que estas variações podem ter sido relacionadas a fatores
externos característicos do campo como fatores climáticos, características do solo, bem
como às interações entre as plantas e o ambiente. Apesar dos efeitos do glifosato, o
manejo atualmente realizado pelos produtores, testados neste estudo, parece não
trazer prejuízos para a expressão destes genes, tampouco para a saúde do cafeeiro e
qualidade da bebida do café.

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