CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR, ANATÔMICA E FISIOLÓGICA DE
GENÓTIPOS DE Manihot esculenta (Crantz) COM SUBSESSILIDADE FOLIAR

Nome: SERLI DE OLIVEIRA CABRAL

Data de publicação: 14/07/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE DA SILVA XAVIER Orientador

Resumo: A mandioca (Manihot esculenta), popularmente conhecida como aipim, é amplamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais e é uma das principais culturas alimentares. Há um crescente interesse em melhorar a mandioca para aplicação industrial, como a produção de biocombustíveis e etanol, tornando os Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) essenciais para a conservação e seleção de genótipos com características agronômicas e industriais desejáveis. Um aspecto pouco explorado é o fenótipo de subsessilidade foliar, presente em certos genótipos de mandioca. A hipótese é que esses genótipos podem oferecer vantagens em condições de campo devido ao pecíolo reduzido, o que pode resultar em uma distribuição mais eficiente de fotoassimilados e, consequentemente, melhorar a produtividade. Essa característica pode ser explorada no desenvolvimento de variedades mais produtivas e resistentes, utilizando técnicas de edição gênica. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar, descrever e comparar dois genótipos de mandioca com o fenótipo de subsessilidade foliar em níveis molecular, anatômico e fisiológico. As análises moleculares, anatômicas e fisiológicas forneceram informações valiosas, aprimorando o entendimento das implicações desse fenótipo. Os resultados das características observadas no campo e fisiológicas indicam que a subsessilidade foliar nos genótipos M1 e M2 influencia a arquitetura do dossel da planta, resultando em uma configuração do tipo "bouquet" com sobreposição de folhas. Essa configuração demonstrou maior eficiência na captação de luz, com maior teor de clorofila a e b, sugerindo maior potencial fotossintético e possivelmente uma maior densidade de plantas por hectare. Além disso, foi identificado um gradiente de crescimento exclusivo nesses genótipos subsésseis que requerem investigações mais detalhadas sobre os fatores hormonais envolvidos nesse processo. As análises moleculares revelaram que, apesar das semelhanças nos padrões fenotípicos, não foi identificado um padrão específico de background genético associado ao fenótipo de subsessilidade foliar, indicando que essa variação pode ocorrer espontaneamente em qualquer genótipo ou variedade. Além disso, foram observadas diferenças notáveis na anatomia dos pecíolos curtos estabilizados, com a presença de uma estrutura shelllike, circundada por células do parênquima de preenchimento/fundamental e a ausência de câmbio. Esses resultados sugerem que a variação encontrada nos genótipos com subsessilidade foliar pode estar associada a respostas diferenciais a fatores edafoclimáticos, mas são necessários ensaios complementares para uma explicação mais completa. A compreensão dos fatores genéticos que controlam esse fenótipo é fundamental para o melhoramento genético da cultura. Pesquisas adicionais no nível do transcriptoma e proteoma desses genótipos podem contribuir
para mapear os fatores genéticos responsáveis pelo fenótipo de subsessilidade, abrindo caminho para a expansão das potencialidades dessa cultura através de Técnicas Inovadoras de Melhoramento de Precisão (TIMPs).

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