ANÁLISE DA
ESTRUTURA E DIVERSIDADE GENÉTICA DE Paratecoma peroba (Record) Kuhlm. (BIGNONIACEAE), EM
REMANESCENTES DE FLORESTA ATLÂNTICA NA REGIÃO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: TÁBATTA CAROLINE CERRI FRANÇA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/07/2021

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADELSON LEMES DA SILVA JUNIOR Examinador Externo
FÁBIO DEMOLINARI DE MIRANDA Orientador
KARLA MARIA PEDRA DE ABREU Examinador Externo

Resumo: Paratecoma peroba (Record) Kuhlm, conhecida popularmente como peroba amarela
é uma espécie arbórea, decídua, que se desenvolve em florestas estacionais da Mata
Atlântica, podendo atingir 40 m de altura. Sua madeira foi considerada um produto
comercial importante, sendo utilizada em construções, acabamentos e confecção de
móveis de luxo. Devido ao potencial madeireiro, a espécie foi intensamente explorada,
o que reduziu drasticamente os números de populações naturais. Em consequência
dessa exploração e da devastação de seu bioma, a espécie atualmente está
ameaçada de extinção. Nesse sentido, estudos baseados em parâmetros
populacionais a partir de dados moleculares do DNA podem revelar informações sobre
os níveis de diversidade genética, bem como os processos que a mantém. Além disso,
esses estudos podem contribuir para seleção de árvores matrizes, a fim de contribuir
para planos de manejo e medidas de conservação. O objetivo desse estudo foi
caracterizar a estrutura e diversidade genética de populações de P. peroba em
remanescentes florestais na região sul do estado do Espírito Santo. Foram
amostradas três populações de P. peroba, sendo elas: Polo de Educação Ambiental
da Mata Atlântica (PEAMA); Floresta Nacional de Pacotuba (FLONA de Pacotuba); e
Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Ao todo, obteve-se 116 indivíduos. Foram
utilizados 10 primers ISSR, os quais revelaram a amplificação de 101 locos
polimórficos. Foi encontrada alta diversidade genética, com número de alelos
observados (Na = 1,99) e alelos efetivos (Ne = 1,49). O índice de diversidade de Nei
variou entre (H’ = 0,22) e (H’ = 0,27), e o índice de Shannon variou entre (I = 0,33) e
(I = 0,43). A população do PEAMA apresentou os maiores índices de diversidade
genética, enquanto a população do IFES apresentou os menores valores. A análise
de variância molecular (Amova) revelou que a maior diversidade ocorreu dentro das
populações (79,23%), o valor de ØST das populações indicaram uma estrutura
genética moderada. O fluxo gênico estimado para o conjunto das populações
estudadas foi alto (Nm = 7.0114), contudo, a análise de estruturação genética indicou
a presença de 3 grupos genéticos (K = 3). O marcador ISSR utilizado para avaliar
populações da espécie P. peroba mostrou-se adequado para mensurar a diversidade
genética, revelando que as populações do PEAMA e da FLONA de Pacotuba
possuem indivíduos com variabilidade genética para seleção de árvores matrizes.
Dessa forma, essas populações podem ser utilizadas para coleta de sementes e
produção de mudas, sendo destinadas para projetos de recuperação ambiental e
planos de manejo, a fim de contribuir com medidas de proteção e conservação da P.
peroba.

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