DISTRIBUIÇÃO DE Euterpe edulis Martius NA MATA ATLÂNTICA REVELA DIFERENTES NÍVEIS DE VARIABILIDADE GENÉTICA: IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO

Nome: ALÉXIA GONÇALVES PEREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ADÉSIO FERREIRA Co-orientador
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADÉSIO FERREIRA Coorientador
FÁBIO DEMOLINARI DE MIRANDA Examinador Interno
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA Orientador

Resumo: A Euterpe edulis, conhecida como palmeira Juçara, é uma espécie chave de
ampla distribuição na Mata Atlântica, com ocorrência registrada em diferentes
fitofisionomias. É categorizada como vulnerável a extinção devido à perda de
habitat, fragmentação e exploração do palmito, de grande interesse gastronômico. Mesmo nessa situação, estudos com marcadores moleculares mostram alta diversidade, baixos índices de endogamia e de estruturação genética. Em busca de respostas sobre a distribuição da diversidade genética e da estruturação dessa espécie na Mata Atlântica, analisou-se 26 populações e 527 indivíduos ao longo do bioma. As amostras foram obtidas de importantes Unidades de Conservação nacionais e estaduais, RPPNs e fragmentos que contivessem um mínimo de 15 indivíduos adultos. Oito marcadores moleculares SSR foram utilizados para acessar a diversidade genética inter e intrapopulacional e avaliar a estruturação da espécie. Considerando todos os indivíduos analisados, encontrou-se perda de diversidade genética (He=0,87 e Ho=0,49) e endogamia alta (F=0,43). O Sudeste e o Centro-Oeste apresentaram as maiores Ho e o Nordeste a menor, sendo a região
mais endogâmica. Os estados de Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro
apresentaram as maiores frequências de Ho, com Espírito Santo, Bahia e Paraná os detentores das maiores taxas de endogamia. Para as populações, a He variou de 0,48 a 0,79, a Ho de 0,30 a 0,63. Os maiores índices de fixação (F) pertenceram a Reserva Natural da VALE - ES (0,60), ao Parque Nacional do Iguaçu - PR (0,46), a Serra da Jiboia – BA (0,46) e ao Parna da Serra da Bocaina - RJ (0,44) sendo os maiores valores já relatados na literatura. Esse resultado é uma consequência da recuperação natural da espécie após processo de exploração, associado ao comportamento de forrageamento dos polinizadores e ausência grandes dispersores de sementes. A proteção exercida pelas unidades de conservação, possibilitou o tempo de resposta necessário para que a espécie imprimisse geneticamente às pressões a que está submetida. A estruturação genética entre populações por FST e AMOVA foi baixa, porém análises por STRUCURE e PCoA demostraram um processo de deferenciação inicial para a espécie dentro das regiões geográficas. Também foi possível detectar populações com composição genética únicas como Parque Nacional da Serra Talhada e a Estação ecológica de Murici em Alagoas; a RPPN Estação de VERACEL e a Serra da Jiboia – Reserva Jequitibá na Bahia; a Reserva Ecológica do IBGE em Brasília, o Parque Estadual do Itapeva e a Reserva Biológica da Mata Paludosa no Rio Grande do Sul. Essas
populações podem maximizar variabilidade para programas de conservação e pré-melhoramento.

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