Comportamento diferencial dos níveis de metilação global da citosina entre genótipos de goiabeiras em um ciclo de produção

Nome: LUZIANE BRANDÃO ALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/09/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ADÉSIO FERREIRA Co-orientador
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA BEATRIZ ROCHA DE JESUS PASSOS Coorientador
FERNANDA ABREU SANTANA Examinador Externo
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA Orientador
WELLINGTON RONILDO CLARINDO Examinador Interno

Resumo: A estrutura da cromatina possibilita ao conteúdo gênico ser acessado de acordo com o seu grau de compactação. Modificações na condensação da cromatina podem ser controladas por mecanismos epigenéticos nos organismos eucariotos. A epigenética é compreendida por mudanças na cromatina sem alterar a sequência de bases do material genético, resultando em alterações na expressão gênica, além de apresentar forte influência do ambiente. Existem diferentes mecanismos epigenéticos que estão sendo relatados na literatura dos quais, a metilação do DNA que consiste na adição
de um grupo metil no quinto carbono da base citosina, formando a 5- etilcitosina (5- mC) tem apresentado uma notoriedade nos estudos, devido uma quantidade maior de citosinas as regiões promotoras dos genes. O perfil de metilação global da citosina pode revelar influência epigenética em diferentes fases do desenvolvimento ou de genótipos através dos comportamentos apresentados pelos organismos ou de algum fator vivenciado. Neste trabalho estudou – se a goiabeira - Psidium guajava L., uma frutífera da família Myrtaceae com importância nutricional, econômica e de ampla
adaptação edafoclimática. O desenvolvimento das plantas resultam em alterações nas respostas dos organismos ao longo do ciclo de vida e podem estar associados aos mecanismos epigenéticos. No presente estudo, objetivou-se avaliar o perfil de 5-mC em goiabeiras adultas em diferentes fases do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo durante um ciclo de produção. Adicionalmente foi estudado o comportamento diferencial de genótipos quanto ao perfil global de 5-mC, bem como a variação deste em diferentes órgãos da cultura. Foram quantificados o percentual de 5-mC em 22 genótipos de goiabeiras ao longo de cinco fases de desenvolvimento da cultura via Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e posteriormente realizados
estudos nos órgãos diferenciais através da análise global do genoma. Na análise quanto as médias gerais após a quantificação não houve diferença significativa no perfil global de 5-mC entre fases do desenvolvimento. No entanto, as fases vegetativas (Pós-poda e Pós-colheita) obtiveram valores mais variados no percentual de 5-mC em comparação com as fases reprodutivas (florescimento, frutificação e colheita) que apresentaram valores mais homogêneos. Entre os genótipos, verificouse variação quanto a média geral no conteúdo de 5-mC de 16,34% a 26,19%, com destaque para o genótipo Sassaoka que apresentou o maior percentual de 5-mC durante as fases de desenvolvimento, com exceção do período pós-colheita. Foi possível perceber que dez genótipos de goiabeiras obtiveram interação com as fases do desenvolvimento analisadas. Considerando os órgãos vegetais, não foram
encontradas diferenças significativas entre eles. A análise do perfil de metilação global, em goiabeiras permitiu compreender detectar alterações epigenéticas na sequência de DNA, em decorrência de diferentes estádios de desenvolvimento, bem como variação dependente do genótipo, evidenciando a importância destes mecanismos no fenótipo de goiabeiras, mais pronunciado na fase vegetativa.

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