Toxicidade de extratos diclorometanólicos de Dionaea muscipula Ellis e seu constituinte majoritário, plumbagina, em bioensaios vegetais

Nome: PATRÍCIA MOREIRA VALENTE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/10/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MILENE MIRANDA PRAÇA FONTES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MILENE MIRANDA PRAÇA FONTES Orientador
PATRÍCIA FONTES PINHEIRO Examinador Externo
PAULA MAURI BERNARDES Examinador Externo
TATIANA DA SILVA SOUZA Examinador Interno

Resumo: Diversos metabólitos secundários são sintetizados pelas plantas com o objetivo de garantir sua sobrevivência no ambiente. Na propagação in vitro os compostos metabolizados pelas plantas podem gerar um ambiente tóxico devido ao acúmulo de substâncias químicas em um sistema fechado de cultivo, como observado para plantas de Dionaea muscipula, que apresentaram morte precoce com sintomas de autointoxicação. A partir dessas observações, objetivou-se avaliar o potencial tóxico e alelopático dos extratos de D. muscipula nos estágios de vida e morte e dos meios de cultura onde foram cultivadas, bem como do composto majoritário encontrado, em bioensaios com as plantas modelo alface (Lactuca sativa) e cebola (Allium cepa). A germinação das sementes e o desenvolvimento inicial das plântulas foram analisados, assim como o índice mitótico, alterações cromossômicas e nucleares em células meristemáticas dos modelos vegetais. Reduções na taxa de germinação, do crescimento radicular e do índice mitótico foram observados nas plântulas tratadas, comparado ao controle negativo, água. Além disso, foi observada uma elevada incidência de alterações cromossômicas, aumentadas conforme dose-dependência, demostrando o efeito citotóxico dos extratos de D. muscipula e seu composto majoritário, plumbagina. Dentre as alterações cromossômicas, o elevado número de cromossomos aderentes indica ação aneugênica dos compostos, assim como a elevada incidência de núcleos condensados demostra a potencialidade dos compostos em induzir a morte celular. A maior visualização de alterações nucleares nos bioensaios tratados com a plumbagina indica sua atividade genotóxica, também observada para o extrato da planta viva, com concentração de 89,71% de plumbagina. Diante dos resultados obtidos, pode se afirmar que os extratos de plantas de D. muscipula apresentam potencial para sua utilização como bioherbicida, sendo seu efeito fitotóxico atribuído à substância natural plumbagina, responsável pela morte precoce das plantas de D. muscipula durante seu cultivo in vitro.

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